Subiu para 10 o número de mortes no incêndio que atingiu uma pousada de grande rede na Avenida Farrapos, no sentido Centro-bairro, na madrugada desta sexta-feira, dia 26 de abril. O local fica entre a Rua Garibaldi e a Doutor Barros Cassal, próximo a um posto de combustíveis. Os bombeiros foram acionados por volta das 2h20min da madrugada.
Conforme o comandante do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Lúcio Junes da Silva, alguns corpos estavam carbonizados. Ainda segundo o oficial, duas vítimas estavam no primeiro andar, cinco no segundo e outras três no terceiro pavimento. A perícia criminal está no local para identificar as vítimas e investigar as causas do incêndio.
A prefeitura de Porto Alegre, por meio das redes sociais, informou que oito feridos deram entrada no Hospital de Pronto Socorro. Duas em estado grave e seis em menor gravidade.
Junes da Silva afirma que o local funcionava de forma irregular, pois não possuía alvará e nem Plano de Proteção Contra Incêndio (PPCI). Segundo alguns moradores, a pousada era da rede Garoa."Como os quartos são muito próximos, o fogo acabou se alastrando rapidamente e impedindo que muitas pessoas conseguissem sair", disse o comandante.
Por volta das 4h, o Corpo de Bombeiros informou que o fogo estava controlado e que as equipes atuavam no rescaldo — o combate a pequenos focos. Mas, por volta das 5h, chamas voltaram a aparecer com maior intensidade.
No fim da madrugada, os bombeiros aguardavam uma avaliação estrutural do local para que pudessem entrar no prédio. A causa do incêndio é desconhecida.
O coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil de Porto Alegre, coronel Evaldo de Oliveira Junior, afirma que, "preliminarmente, a informação é que se trabalha também com a hipótese de um incêndio criminoso".
"São pessoas em situação de vulnerabilidade, de rua, que estavam na edificação. Com as chamas, eles se assustaram e alguns deles acabaram pulando da marquise para escapar das chamas", esclareceu a capitã Barbara Oliveira, oficial de serviço.
Por volta das 3h, cinco caminhões do Corpo de Bombeiros realizavam o combate. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também realizou atendimento. A Brigada Militar e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) estão no local.
Informações: Gaúcha ZH